Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sobre Mediunidade

Entrevista de RAUL TEIXEIRA, para a Revista “O Mensageiro”, sobre alimentação do Médium no dia da reunião mediúnica.

P: Como deve ser a dieta alimentar dos médiuns nos dias de trabalho mediúnico?

R: - A dieta alimentar dos médiuns deverá constituir-se daquilo que lhes possa atender às necessidades, sem descambar para os excessos ou tipos de alimentos que, por suas características, poderão provocar implicações digestivas, perturbando o trabalhador e, conseguintemente, os labores dos quais participe. Desse modo, torna-se viável uma alimentação normal, evitando-se os excessivos condimentos e gorduras que, independente das atividades mediúnicas, prejudicam bastante o funcionamento orgânico.

P: A alimentação vegetariana será mais aconselhável para os médiuns em geral?

R: A questão da dieta alimentar é fundamentalmente de foro íntimo ou acatará a alguma necessidade de saúde, devidamente prescrita. Afora isto, para o médium verdadeiro não há a chamada alimentação ideal, embora recomende o bom senso que se utilize uma alimentação que lhe não sobrecarregue o organismo, principalmente nos dias de reunião mediúnica, a fim de que não seja perturbado por qualquer processo de conturbada digestão que, com certeza, lhe traria diversos inconvenientes.

A alimentação não define, por si só, o potencial mediúnico dos médiuns que deverão dar muito maior validade à sua vida moral do que à comida obviamente.

Algumas pessoas recomendam que não se comam carnes, nos dias de tarefa mediúnica, enquanto outras recomendam que não se deve tomar café ou chocolate, alegando problemas das toxinas, da cafeína, etc., esquecendo-se que deveremos manter uma alimentação mais frugal, a partir do período em que já não tenha tempo o organismo para uma digestão eficiente.

É mais compreensível, e me parece mais lógico, que a pessoa coma no almoço o seu bife, se for o caso, ou tome seu cafezinho pela manhã, do que passar todo o dia atormentada pela vontade desses alimentos, sem conseguir retirar da cabeça o seu uso, deixando de concentrar-se na tarefa, em razão da ansiedade para chegar em casa, após a
reunião, e comer ou beber aquilo de que tem vontade.

Por outro lado, a resposta dos espíritos à questão 723 de O Livro dos Espíritos é bastante nítida a esse respeito, deixando o espírita bem à vontade para a necessária compreensão, até porque a alimentação vegetariana não indica nada sobre o caráter do vegetariano. Lembremo-nos que o “médium” Hitler era vegetariano e que o médium Francisco Cândido Xavier se alimenta com carne”.

Não é no intuito de negar o quanto é saudável o habito de se abster de carnes vermelhas, mas simplesmente de mostrar que o fato de ingerirmos este tipo de alimento não nos impede, nem nos desabilita da prática da mediunidade nos parâmetros seguros da codificação.
JFCR - Espiritista

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Estudando o evangelho

Perda de pessoas amadas. Mortes prematuras

Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos cheios de decepções; pois leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despedaça o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria.
Humanos, é nesse ponto que precisais elevar-vos acima do terra-a-terra da vida, para compreenderdes que o bem, muitas vezes, está onde julgais ver o mal, a sábia previdência onde pensais divisar a cega fatalidade do destino. Por que haveis de avaliar a justiça divina pela vossa? Podeis supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero capricho, a vos infligir penas cruéis? Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos advêm, nelas encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e os vossos miseráveis interesses se tornariam de tão secundária consideração, que os atiraríeis para o último plano.
Crede-me, a morte é preferível, numa encarnação de vinte anos, a esses vergonhosos desregramentos que pungem famílias respeitáveis, dilaceram corações de mães e fazem que antes do tempo embranqueçam os cabelos dos pais. Freqüentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.
É uma horrenda desgraça, dizeis, ver cortado o fio de uma vida tão prenhe de esperanças! De que esperanças falais? Das da Terra, onde o liberto houvera podido brilhar, abrir caminho e enriquecer? Sempre essa visão estreita, incapaz de elevar-se acima da matéria. Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida, ao vosso parecer tão cheia de esperanças? Quem vos diz que ela não seria saturada de amarguras? Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao ponto de lhe preferirdes as da vida efêmera que arrastais na Terra? Supondes então que mais vale uma posição elevada entre os homens, do que entre os Espíritos bem-aventurados?
Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe naquele que carece de fé e que vê na morte uma separação eterna. Vós, espíritas, porém, sabeis que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro corpóreo. Mães, sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, a lembrança que deles guardais os transporta de alegria, mas também as vossas dores desarrazoadas os afligem, porque denotam falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus.
Vós, que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu. — Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)

Fonte:
O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. V, item 21.
JFCR - Espiritista

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Aproveitemos o hoje com sabedoria!

O Passado se foi, do futuro nada sabemos, por essa razão, hoje é o dia mais importante a ser vivido! E, foi por essa razão que a Soberana Sabedoria do Universo nos beneficiou com a benção do esquecimento das nossas ações do passado quase sempre desditosas, equivocadas e negativas, que só nos trariam enormes embaraços diante dos que nos estão à volta em mais esta oportunidade reencarnatória.

Sem o lenitivo benéfico que o esquecimento nos propicia, estaríamos com as perfeitas lembranças do mal que fizemos ou dos sofrimentos que nos causaram; dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, situação essa que nos deixaria profundamente desequilibrados sem qualquer condição de tê-los como familiares, amigos, etc. etc.

Isto porque como nos aclara a doutrina espírita, é através da reencarnação que nos relacionamos novamente com aqueles a quem tivemos por amigos ou inimigos do passado que hoje podem estar em nossa família como nossos pais, irmãos, filhos, amigos etc., em sublime oportunidade para que nos reconciliemos, pois, somos filhos do mesmo Pai, conseqüentemente irmãos em Deus.

Dessa forma, precisamos entender que tudo o que nos acontece na presente encarnação e que aparentemente nada fizemos por merecer, nesta oportunidade, tem uma causa anterior, isto é, são dívidas contraídas perante a Lei Maior de amor e caridade, pois, sendo Deus soberanamente bom e justo, impossível é que um filho seu possa ser injustiçado, pagar por aquilo que não deve, daí, se concluir que alguém que tem um filho ou um pai, ou qualquer outro familiar ou não, como entrave em sua vida, é que algo o prende a essa criatura por força das Leis que regem os destinos das criaturas tão bem resumidas por Jesus em: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.

São as famílias, dádivas importantíssimas para a aproximação dos desafetos de outrora, onde podemos auxiliar e perdoar os que nos devem, ao mesmo tempo em que podemos também ser perdoados e auxiliados por aqueles a quem devemos, reatando os vínculos interrompidos por desavenças e incompreensões causadas pela ignorância que nos mantinha escravos do egoísmo e do orgulho, causadores de nossas infelicidades e dores.

Através da reencarnação Deus nos proporciona as necessárias oportunidades de que carecemos para a devida reparação dos equívocos de ontem, para que através do esforço no trabalho de burilamento individual, também podermos dar nossa parcela de contribuição para o progresso e crescimento do bem e da paz entre os homens, contribuindo dessa forma com nossa participação pequena mais necessária e imprescindível na tarefa de elevação moral espiritual nossa e do nosso planeta.

Precisamos cumprir o plano que traçamos com a ajuda dos amigos celestes, quando da nossa vinda para o plano da matéria, pois, todos nós ao reencarnarmos, trazemos um "planejamento de vida", no qual nos comprometemos a cumprir à risca os nossos compromissos assumidos perante a espiritualidade, e diante da necessidade de pacificação de nossa consciência atormentada, que tanto nos incomoda, e que nos cobra a urgente reparação do mal e devida disposição de servir de instrumento do bem e da paz, como discípulos sinceros e operosos do Mestre de Nazaré.


JFCR - Espiritista

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Nossas Poesias

Criança, Teus pais te amam!

Criança bonita, comportada e obediente,
É para a família motivo de glória
Papai e mamãe se sentem felizes e recompensados
Com seus corações repletos, de lindas histórias!

Pedem a Deus proteção para o seu filho,
Trabalham cantando, dando de si o melhor,
Por sentirem alegria brotando do íntimo,
Contagiando a família, e fazendo sorrir o vovô e a vovó.

Por isso, você menino ou menina seja bom filho,
Torne felizes, seus entes queridos, que amam você
Estude bastante para ser alguém de bem no futuro,
Para ter uma vida de alegria e prazer.

Papai do Céu te ama e protege,
Dando saúde para teus pais te assegurarem a vida que tens
Valoriza o sacrifício que eles fazem em teu proveito,
E deixa todo mundo alegre e satisfeito.

Deus te abençoe querida e amada criança,
Que estejas consciente de teus pequenos deveres,
Seja bom filho, irmão e amigo
E guarda a certeza, de que serás um ser feliz quando cresceres.

Francisco Rebouças.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A Doença do Consumo

A Revista Época, trouxe em uma de suas edições passadas uma matéria da escritora Americana de 60 anos, Vicki Robin, graduada pela Universidade Brown, autora do livro “Seu Dinheiro ou Sua Vida”, já traduzido para dez idiomas, em que ela analisa o problema do consumismo desenfreado que desequilibra a vida de muitas das suas vítimas, pelo descontrole que toma conta do indivíduo.

Uma das fundadoras do movimento Simplicidade Voluntária, a escritora americana prega a abstinência do luxo, o respeito ao meio ambiente e considera que o grande mal do planeta é o consumismo, alerta todos os que ouvem suas palestras, a não buscarem a felicidade nos shoppings, e pensar duas vezes para abrir a carteira e fazer os cálculos muito bem feitos, antes de comprar qualquer coisa, procurando verificar quantas horas de trabalho precisará para ganhar o dinheiro que se pretende gastar.

Inquirida sobre o porquê de se consumir tanto nos dias de hoje; respondeu: “Porque a cultura do consumismo vende a vergonha. Se a propaganda puder envergonhar alguém, terá um consumidor em potencial. As pessoas se envergonham de não ter algo. E correm às compras para cobrir essa vergonha imediatamente. Dessa forma, nossa cultura vende vergonha e sentimento de inferioridade. E ninguém quer ser inferior aos outros”.

Logo a seguir, explica como isso acontece: “As propagandas passam a idéia de que você é infeliz, gorda e feia. Ao comprar determinado produto, porém, poderá ser feliz, jovem, magra. E com namorado. Sutilmente, dizem que podem melhorar sua vida. Além disso, a cultura do consumo corta a ligação com a família. Quem tem amigos não consome tanto. Quando se tem família, tudo acontece ao redor dela. Longe de ambos, é preciso pagar por tudo. O consumismo cresce quando essas ligações são rompidas. O consumismo nos ensina que o mundo é morto, sem vida. Ele faz você se sentir sozinho. Por isso, tento re-conectar as pessoas entre si e com seu mundo interior”.

Quando, perguntada sobre se as pessoas são mais felizes por comprarem mais, ela assim se expressa: - “É o que chamamos de curva da felicidade. Quando você compra o que é necessário para sobreviver, há muita alegria em relação ao valor gasto. Quando é por conforto, a alegria é menor. Depois de certo ponto, comprar não dá mais felicidade. Tudo será lixo - coisas que você compra, mas que não lhe dão nada. Pode ser até mesmo uma casa”.

Em seguida, a escritora americana, responde de forma bem simples, a pergunta formulada pela citada revista, se é possível levar uma vida simples nas grandes cidades? Dizendo: “É uma vida com intenções, na qual a pessoa pensa em seus valores e no que é importante. É uma maneira de refletir sobre o que está acontecendo. Quem sonha muito não está refletindo. Se refletimos, podemos nos distanciar dos assuntos e ponderar melhor. Depois, voltamos ao curso normal da vida com mais consciência. Muitas vezes, numa sociedade consumista, as pessoas se dão conta de que têm muito, consomem muito, fazem tudo muito rápido e não têm horas suficientes para fazer o que realmente querem. É a doença do muito. O consumismo nos distrai e enche todas as horas do dia. Quando estamos cansados, não temos tempo sequer para pensar no que realmente queremos. Vida simples é viver com o suficiente, o essencial”.

Fala-nos ainda que as crianças de hoje começam a consumir muito cedo; enfocando que: - “A indústria de propaganda mira conscientemente as crianças. Sabe que, se as ensinam cedo a tomar Coca-Cola em vez de Pepsi, a vida inteira consumirão Coca-Cola sem se dar conta. As agências de propaganda sabem detalhes como o tom de vermelho de que uma criança de 2 anos gosta. As crianças ficam muito tempo em frente à televisão. Nos primeiros cinco anos, aprendem a realidade por meio da TV. Por isso é muito difícil uma pessoa, ao chegar aos 40, se dar conta de que algo que ela entende desde a infância como verdade não é verdade. A Coca-Cola vai ser melhor que a Pepsi para sempre”.

Alerta, a escritora americana, para o fato de as pessoas contaminadas pela peste do consumismo, nunca se darem conta disso, porque, – “O ser humano só descobre o que quer ao ver o que o outro tem. Nessa cultura da propaganda, vemos muita gente com muito mais que nós. O estilo de vida dos ricos está nas revistas. Disso surgem os desejos. Se você não pode ter algo, fica deprimido. Compra para não se sentir pior que o outro. É o que acontece com os negros americanos, que compram para ser como os brancos. Nos Estados Unidos, somos tão racistas que os negros se endividam para comprar as mesmas coisas que os brancos. Com isso, criam dívidas enormes”.

Em vista do exposto, é preciso se ter muita cautela em relação às nossas reais necessidades de consumo, para não sermos também vítimas desse mal que cresce de forma surpreendente a desgraçar a vida de inúmeras famílias de todas as classes sociais, com efeito maior e bem mais devastador naquelas de menor poder aquisitivo.

Por essa razão, cada vez mais nos certificamos do valor da mensagem espírita, que nos esclarece para os cuidados que precisamos tomar contra esse perigoso mal que infelicita a tantas criaturas em todo o mundo, justamente pela falta de observação para suas reais necessidades da vida, aumentando nosso entendimento e compreensão de que, não precisamos da grande maioria dos bens supérfluos que nos matamos para conseguir...

No livro Episódios Diários, a benfeitora Joanna de Ângelis, nos assevera:

“O Consumismo atual responde por muitos problemas. As indústrias do supérfluo apresentam no mercado um sem-número de produtos desnecessários, que aturdem os indivíduos. Estimulados pela propaganda bem elaborada, desejam comprar, mesmo sem poder o que vêem, o que lhes é apresentado, numa volúpia crescente”.

Mais à frente esclarece: (...) consumismo é fantasia, transferência do necessário para o secundário. O consumidor que não reflete antes de adquirir, termina consumido pelas dívidas que o atormentam. Muita gente faz compras, por mecanismos de evasão.

(...) Insatisfeitas consigo mesmas, fogem adquirindo coisas mortas, e mais se perturbando. Confere a necessidade legítima, antes de te permitires o consumismo”.

Os Imortais da Vida Maior responderam a Allan Kardec, seus questionamentos sobre o assunto conforme segue:

Necessário e supérfluo

715. Como pode o homem conhecer o limite do necessário?

“Aquele que é ponderado o conhece por intuição. Muitos só chegam a conhecê-lo por experiência e à sua própria custa.”

716. Mediante a organização que nos deu, não traçou a Natureza o limite das nossas necessidades?

“Sem dúvida, mas o homem é insaciável. Por meio da organização que lhe deu, a Natureza lhe traçou o limite das necessidades; porém, os vícios lhe alteraram a constituição e lhe criaram necessidades que não são reais.”

717. Que se há de pensar dos que açambarcam os bens da Terra para se proporcionarem o supérfluo, com prejuízo daqueles a quem falta o necessário?

“Olvidam a lei de Deus e terão que responder pela privações que houverem causado aos outros.”
Nada tem de absoluto o limite entre o necessário e o supérfluo. A Civilização criou necessidades que o selvagem desconhece e os Espíritos que ditaram os preceitos acima não pretendem que o homem civilizado deva viver como o selvagem. Tudo é relativo, cabendo à razão regrar as coisas. A Civilização desenvolve o senso moral e, ao mesmo tempo, o sentimento de caridade, que leva os homens a se prestarem mútuo apoio. Os que vivem à custa das privações dos outros exploram, em seu proveito, os benefícios da Civilização. Desta têm apenas o verniz, como muitos há que da religião só têm a máscara.

Resta-nos, seguir os ensinamentos contidos na filosofia espírita, para entendermos que as coisas de fora não equacionarão nossos estados íntimos qualquer que seja nossa dificuldade, dão-nos a falsa impressão de que resolveremos nossas aflições, para em seguida nos mostrarem que são na verdade incapazes de nos dar a paz que buscamos de forma equivocada, e que só encontraremos com a disposição de fazer a nossa real modificação interior, na busca e no desenvolvimento dos valores morais espirituais que jazem latentes no imo do nosso ser, a espera da nossa disposição de utilizá-los.

Fontes:
Livro Episódios diários - Divaldo Pereira Franco - Joanna de Ângelis– Livraria Espírita “Alvorada” 1ª Edição- 25 Capítulo.

Livro dos Espíritos – Allan Kardec – FEB. 76ª Edição

Revista Época.
JFCR - Espiritista

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Biografia

Camille Flammarion
Nascido em Montigny-le-Roi, França, no dia 26 de fevereiro de 1842, e desencarnado em Juvisy-sur-Orge, mesmo país, a 4 de junho de 1925.

Flammarion foi um homem cujas obras encheram de luzes o século XIX. Ele era o mais velho de uma família de quatro filhos. Entretanto, desde muito jovem, se revelaram nele qualidades excepcionais. Queixava-se constantemente que o tempo não lhe deixava fazer um décimo daquilo que planejava. Aos quatro anos de idade já sabia ler, aos quatro e meio sabia escrever e aos cinco já dominava rudimentos de gramática e aritmética. Tornou-se o primeiro aluno da escola onde freqüentava.

Para que ele seguisse a carreira eclesiástica, puseram- no a aprender latim com o vigário Lassalle. Aí Flammarion conheceu o Novo Testamento e a Oratória. Em pouco tempo estava lendo os discursos de Massilon e Bonsuet. O padre Mirbel falou da beleza da ciência e da grandeza da Astronomia e mal sabia que um de seus auxiliares lhe bebia as palavras. Esse auxiliar era Camille Flammarion, aquele que iria ilustrar a letra e a significação galo-romana do seu nome − Flammarion: "Aquele que leva a luz".

Nas aulas de religião era ensinado que uma só coisa é necessária: "a salvação da alma", e os mestres falavam: "De que serve ao homem conquistar o Universo se acaba perdendo a alma?".
Foi dura a vida dos Flammarions, e Camille compreendeu o mérito de seu pai entregando tudo aos credores. Reconhecia nele o mais belo exemplo de energia e trabalho; todavia, essa situação levou-o a viver com poucos recursos.

Camille, depois de muito procurar, encontrou serviço de aprendiz de gravador, recebendo como parte do pagamento casa e comida. Comia pouco e mal, dormia numa cama dura, sem o menor conforto; era áspero o trabalho e o patrão exigia que tudo fosse feito com rapidez. Pretendia completar seus estudos, principalmente a matemática, a língua inglesa e o latim. Queria obter o bacharelado e por isso estudava sozinho à noite. Deitava-se tarde e nem sempre tinha vela. Escrevia ao clarão da lua e considerava-se feliz. Apesar de estudar à noite, trabalhava de quinze a dezesseis horas por dia. Ingressou na Escola de desenho dos frades da Igreja de São Roque, a qual freqüentava todas as quintas-feiras. Naturalmente, tinha os domingos livres e tratou de ocupá-los. Nesse dia, assistia às conferências feitas pelo abade sobre Astronomia. Em seguida tratou de difundir as associações dos alunos de desenho dos frades de São Roque, todos eles aprendizes residentes nas vizinhanças. Seu objetivo era tratar de ciências, literatura e desenho, o que era um programa um tanto ambicioso.

Aos 16 anos de idade, Camille Flammarion foi presidente da Academia, a qual, ao ser inaugurada, teve como discurso de abertura o tema As Maravilhas da Natureza. Nessa mesma época, escreveu Cosmogonia Universal, um livro de quinhentas páginas; o irmão, também muito seu amigo, tornou-se livreiro e publicava-lhe os livros. A primeira obra que escreveu foi O Mundo antes da Aparição dos Homens, o que fez quando tinha apenas 16 anos de idade. Gostava mais da Astronomia do que da Geologia. Assim era sua vida: passar mal, estudar demais, trabalhar em exagero.

Um domingo desmaiou no decorrer da missa, por sinal, um desmaio muito providencial. O doutor Edouvard Fornié foi ver o doente. Em cima da sua cabeceira estava um manuscrito do livro Cosmologia Universal. Após ver a obra, achou que Camille merecia posição melhor. Prometeu-lhe, então, colocá-lo no Observatório, como aluno de Astronomia. Entrando para o Observatório de Paris, do qual era diretor Levèrrier, muito sofreu com as impertinências e perseguições desse diretor, que não podia conceber a idéia de um rapazola acompanhá-lo em estudos de ordem tão transcendental.

Retirando-se em 1862 do Observatório de Paris, continuou com mais liberdade os seus estudos, no sentido de legar à Humanidade os mais belos ensinamentos sobre as regiões silenciosas do Infinito. Livre da atmosfera sufocante do Observatório, publicou no mesmo ano a sua obra Pluralidade dos Mundos Habitados, atraindo a atenção de todo o mundo estudioso. Para conhecer a direção das correntes aéreas, realizou, no ano de 1868, algumas ascensões aerostáticas.

Pela publicação de sua Astronomia Popular, recebeu da Academia Francesa, no ano de 1880, o prêmio Montyon. Em 1870, escreveu e publicou um tratado sobre a rotação dos corpos celestes, através do qual demonstrou que o movimento de rotação dos planetas é uma aplicação da gravidade às suas densidades respectivas. Tornando-se espírita convicto, foi amigo pessoal e dedicado de Allan Kardec, tendo sido o orador designado para proferir as últimas palavras à beira do túmulo do Codificador do Espiritismo, a quem denominou "o bom senso encarnado".

Suas obras, de uma forma geral, giram em torno do postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados e são as seguintes: Os Mundos Imaginários e os Mundos Reais, As Maravilhas Celestes, Deus na Natureza, Contemplações Científicas, Estudos e Leitura sobre Astronomia, Atmosfera, Astronomia Popular, Descrição Geral do Céu, O Mundo antes da Criação do Homem, Os Cometas, As Casas Mal-Assombradas, Narrações do Infinito", Sonhos Estelares, Urânia, Estela, O Desconhecido, A Morte e seus Mistérios, Problemas Psíquicos, O Fim do Mundo e outras.
Camille Flammarion, segundo Gabriel Delanne, foi um filósofo enxertado em sábio, possuindo a arte da ciência e a ciência da arte. Flammarion − "poeta dos Céus", como o denominava Michelet − tornou-se baluarte do Espiritismo, pois, sempre coerente com suas convicções inabaláveis, foi um verdadeiro idealista e inovador.


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Chico Xavier (2010) trailer oficial

Chico Xavier

Utilidade geral

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JFCR Espiritista, presta a todos os amigos que nos honram com a audiência as possíveis notícias de utilidade geral que julgar conveniente sua publicação.

Aquário

Concursos públicos, e empregos veja nos sites:

www.cdaterra.com.br/cwww.htm

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Cartórios 24 horas.

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Que seja de bem proveito para alguém.

O Editor.

Pérolas da doutrina

Ensinamentos que não podemos Esquecer:

Livro dos Espíritos

459. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?
“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.

621. Onde está escrita a lei de Deus?
“Na consciência.”

a) - Visto que o homem traz em sua consciência a lei de Deus, que necessidade havia de lhe ser ela revelada?
“Ele a esquecera e desprezara. Quis então Deus lhe fosse lembrada.

625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
“Jesus.”

659. Qual o caráter geral da prece?
A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar Nele; é aproximar-se Dele; é pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer.”

660. A prece torna melhor o homem?
“Sim, porquanto aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.”

a) - Como é que certas pessoas, que oram muito, são, não obstante, de mau caráter, ciosas, invejosas, impertinentes, carentes de benevolência e de indulgência e até, algumas vezes, viciosas?
“O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas supõem que todo o mérito está na longura da prece e fecham os olhos para os seus próprios defeitos. Fazem da prece uma ocupação, um emprego do tempo, nunca, porém, um estudo de si mesmas. A ineficácia, em tais casos, não é do remédio, sim da maneira por que o aplicam.”

842. Por que indícios se poderá reconhecer, entre todas as doutrinas que alimentam a pretensão de ser a expressão única da verdade, a que tem o direito de se apresentar como tal?
“Será aquela que mais homens de bem e menos hipócritas fizer, isto é, pela prática da lei de amor na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação. Esse o sinal por quereconhecereis que uma doutrina é boa, visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus não pode deixar de ser falsa e perniciosa.”

886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça. pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque da indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, toda gente como que entende que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posição, tanto maior cuidado devemos pôr em lhe não aumentarmos o infortúnio pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.

893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?
“Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtudes sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores.A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade.”

899. Qual o mais culpado de dois homens ricos que empregam exclusivamente em gozos pessoais suas riquezas, tendo um nascido na opulência e desconhecido sempre a necessidade, devendo o outro ao seu trabalho os bens que possui?
“Aquele que conheceu os sofrimentos, porque sabe o que é sofrer. A dor, a que nenhum alívio procura dar, ele a conhece; porém, como freqüentemente sucede, já dela se não lembra.”909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?“Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços!”

911. Não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja impotente para dominá-las?
“Há muitas pessoas que dizem: Quero, mas a vontade só lhes está nos lábios.Querem, porém muito satisfeitas ficam que não seja como “querem”. Quando o homem crê que não pode vencer as suas paixões, é que seu Espírito se compraz nelas, em conseqüênciada sua inferioridade. Compreende a sua natureza espiritual aquele que as procura reprimir.Vencê-las é, para ele, uma vitória do Espírito sobre a matéria.”

912. Qual o meio mais eficiente de combater-se o predomínio da natureza corpórea?
“Praticar a abnegação.”

919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”

Livro dos Médiuns

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. E de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações.
As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.

Fonte:Livro dos Médiuns – Cap. XIV, item 159

9ª Qual o médium que se poderia qualificar de perfeito?

"Perfeito, ah! bem sabes que a perfeição não existe na Terra, sem o que não estaríeis nela. Dize, portanto, bom médium e já é muito, por isso que eles são raros.Médium perfeito seria aquele contra o qual os maus Espíritos jamais ousassem, uma tentativa de enganá-lo. O melhor é aquele que, simpatizando somente com os bons Espíritos, tem sido o menos enganado."

Cap. XX, item 9

O Evangelho Segundo O Espiritismo

Advento do Espírito de VerdadeEspíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: "Irmãos! Nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade."

O Espírito de Verdade. (Paris, 1860.)
Cap. VI, item 5.
Grifos nossos.

JFCR Espiritista